A Alfabetização Científica Presente no Cotidiano da Educação Infantil

Autores

  • Gabriela Luisa Henz Universidade do Vale do Taquari. RS, Brasil.
  • Simone Beatriz Reckziegel Henckes Universidade do Vale do Taquari, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino. RS, Brasil.
  • Andreia Aparecida Guimarães Strohschoen Universidade do Vale do Taquari, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino; e Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências Exatas. RS, Brasil.
  • Jacqueline Silva da Silva Universidade do Vale do Taquari, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino. RS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17921/2447-8733.2019v20n2p156-161

Palavras-chave:

Alfabetização científica. Ensino e aprendizagem. Crianças.

Resumo

A alfabetização científica (AC) designa um ensino que permite ao aluno interagir com uma nova cultura, nova forma de ver o mundo no qual está inserido e os acontecimentos de forma reflexiva e crítica. Almeja a compreensão de termos e de conceitos científicos fundamentais, reconhecendo as relações existentes entre ciência, tecnologia, sociedade e o ambiente em que o aluno está inserido. Neste contexto, o principal objetivo do presente artigo é problematizar as percepções de professores de turmas de Educação Infantil sobre a AC e quais atividades que são realizadas que instigam a AC nos alunos. Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo e exploratório. A coleta de dados foi realizada em uma escola de Educação Infantil localizada no interior do Rio Grande do Sul/Brasil. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com quatro professoras, a partir das análises surgiram três categorias, sendo essas: conhecimento do termo alfabetização científica; percepção das implicações das atividades; trabalho interdisciplinar. Percebeu-se que parte das professoras desconhece o termo, como esse se utiliza e qual impacto traz para aos alunos, realizando assim outras atividades, que instiguem a curiosidade dos alunos. Acredita-se que há um longo caminho a ser percorrido até a AC chegar às escolas e ser visada, principalmente, na Educação Infantil, para assim, cada vez mais cedo formar cidadãos pensantes, críticos, reflexivos e que possam resolver problemas da sociedade de maneira consciente.

 

Palavras-chave: Ensino e Aprendizagem. Crianças. Conceitos Científicos Fundamentais.

 

Abstract

The scientific literacy (AC) designates a teaching that allows the student to interact with a new culture, a new way of seeing the world where it is inserted and the events in a reflexive and critical way. It seeks the understanding of fundamental scientific terms and concepts, recognizing the relationships among  science, technology, society and the environment where the student is inserted. In this contexto tha main objective of the present article is to problematize the teachers’ perceptions of children education’s classes on scientific literacy (ac) and what activities are carried out that instigate the AC in the students. It is a research of a qualitative and exploratory nature. Data collection was performed at a kindergarten school located in the interior of Rio Grande do Sul state / Brazil. Semistructured interviews with four teachers were carried out. Three categories emerged from the analyzes: knowledge of the term scientific literacy, perception of the implications of activities and interdisciplinary work. It was noticed that some of the teachers do not know the term, how it is used and what impact it brings to the students, thus performing other activities that instill the students’ curiosity. It is believed that there is a long way to go until AC reach schools and be targeted, especially in early childhood education, so that increasingly thinking, critical, reflective citizens can be formed that can solve the Society problems of society  consciously.

 

Keywords: Teaching and Learning. Children. Fundamental Scientific Concepts.

 

Biografia do Autor

Gabriela Luisa Henz, Universidade do Vale do Taquari. RS, Brasil.

Acadêmica do curso de Psicologia pela Universidade do Vale do Taquari – Univates. Bolsista Iniciação Científica FAPERGS. 

Simone Beatriz Reckziegel Henckes, Universidade do Vale do Taquari, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino. RS, Brasil.

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ensino da Universidade do Vale do Taquari - Univates. Bolsista PROSUC/CAPES.

Andreia Aparecida Guimarães Strohschoen, Universidade do Vale do Taquari, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino; e Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências Exatas. RS, Brasil.

Professora dos Programas de Pós graduação: Doutorado e Mestrado em Ensino e  Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas. Pesquisadora em Ensino de Ciências e Biologia, Iniciação à Pesquisa, Metodologias Ativas de Ensino e de Aprendizagem.

Jacqueline Silva da Silva, Universidade do Vale do Taquari, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino. RS, Brasil.

Professora do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Ensino da Universidade do Vale do Taquari - Univates.

Referências

ALMEIDA, E.S.; TERÁN, A.F. A alfabetização científica na Educação Infantil: possibilidades de integração. Lat. Am. J. Sci. Educ., v.2, p.12032, 2015.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2012.

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental – Ciências Naturais. Brasília. MEC/SEMTEC, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil /Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, 2010.

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: UNIJUI, 2000.

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: UNIJUI, 2017.

DEMO, P. Educação e alfabetização científica. São Paulo: Papirus, 2010.

JAPIASSU, H. Introdução ao pensamento epistemológico. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.

LIMA, V.M.M. A complexidade da docência nos anos iniciais na escola pública. Nuances Estudos Sobre Educ., v.22, n.23, p.148-166, 2012.

LIMA, K.E.C.; VASCONCELOS, S.D. Análise da metodologia de ensino de ciências nas escolas da rede municipal de Recife. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., v.14, n.52, p.397-412, 2006.

LOMEU, G.C.; IOCCA, F.A.S. Alfabetização científica na educação infantil em uma escola do campo. Rev. Eventos Pedag., v.7, n.3, p.1402-1414, 2016. doi: 10.30681/2236-3165

LORENZETTI, L.; DELIZOICOV, D. Alfabetização Científica no contexto das séries iniciais. Pesq. Educ. Ciênc., v.3, n.1, 2001.

MARQUES, A.C.T.; MARANDINO, M. Alfabetização científica, criança e espaços de educação não formal: diálogos possíveis. Rev. Educ. Pesq., v.44, e170831, 2018. doi: http://dx.doi.org/10.1590/s1678-4634201712170831.

MARTINS, H.H.S. Metodologia qualitativa de pesquisa. Educ. Pesq.. v.30, n.2, p.289-300, 2004.

MORAES, C.R.; VARELA, S. Motivação do aluno durante o processo de ensino aprendizagem. Rev. Eletr. Educ., v.1, n.1, p.1-15, 2007.

OLDONI, J.F.W.B.; DE LIMA, B.G.T. A compreensão dos professores sobre a alfabetização científica: perspectivas e realidade do ensino de ciências. ACTIO, v.2, n.1, p.41-59, 2017. doi: http://dx.doi.org/10.3895/actio.v2n1.6724

PINHEIRO, T.C.; WESTPHAL, M.; PINHEIRO, T.F. Interdisciplinaridade nos PCN/EM/CNM&T: Bases epistemológicas e perspectivas metodológicas de alguns conceitos de interdisciplinaridade. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS. Bauru, 2003. Anais... São Paulo, 2003.

PIRES, M.F.C. Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade no ensino. Interface-Com. Saúde Educ., v.2, p.173-182, 1998.

SARMENTO, M.J. As culturas da infância nas encruzilhadas da 2ª Modernidade. In: SARMENTO, M.J.; CERISARA, A.B. Crianças e miúdos. Perspectivas sócio-pedagógicas da infância e educação. Porto: Asa, 2003.

SASSERON, L.H. Alfabetização científica no ensino fundamental: estrutura e indicadores deste processo em sala de aula. USP: 2008.

SASSERON, L.H. Alfabetização Científica, ensino por investigação e argumentação: relações entre ciências da natureza e escola. Ens. Pesq. Educ. Ciênc., v.17, p.49-67, 2015.

SASSERON, L.H.; CARVALHO, A.M.P. Alfabetização científica: uma revisão bibliográfica. Investig. Ensino Ciênc., v.16, n.1, p.59-77, 2011.

SANTOS, R.C.; BARBIERI, M.R.; SANCHEZ, R.G. Alfabetização científica e iniciação científica: da assimilação de conceitos ao comportamento científico. RBPG, v.14, 2017. doi: http://dx.doi.org/10.21713/2358-2332.2017.v14.1472

SANTOS, W.L.P. Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios. Rev Bras. Educ., v.12, n.36, p.474-492, 2007.

SCHNEIDER, M.C. O protagonismo infantil e as estratégias de ensino que favorecem em uma turma da educação infantil. Lajeado: Centro Universitário Univates, 2015.

SILVA, J.T. et al. A alfabetização científica na educação infantil: um novo olhar sobre o ensino de ciências. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - SINECT, 5, 2016, Ponta Grossa. Anais…, Ponta Grossa, 2016.

Downloads

Arquivos adicionais

Publicado

2019-06-27

Como Citar

HENZ, Gabriela Luisa; HENCKES, Simone Beatriz Reckziegel; STROHSCHOEN, Andreia Aparecida Guimarães; SILVA, Jacqueline Silva da. A Alfabetização Científica Presente no Cotidiano da Educação Infantil. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, [S. l.], v. 20, n. 2, p. 156–161, 2019. DOI: 10.17921/2447-8733.2019v20n2p156-161. Disponível em: https://revistaensinoeeducacao.pgsscogna.com.br/ensino/article/view/6407. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos