TDAH: Transtorno, Causa, Efeito e Circunstância

Autores

  • Cleonice Terezinha Fernandes Universidade de Cuiabá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino. MT, Brasil.
  • Jeisa Fernandes Marcondes UNOPAR, Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia. PR, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.17921/2447-8733.2017v18n1p48-52

Palavras-chave:

Transtorno/Dificuldades de aprendizagem. Déficit de atenção. Ritalina. Medicalização das dificuldades. Hiperatividade.

Resumo

O Transtorno do Déficit de Atenção por Hiperatividade - TDHA é manifestado pela presença da tríade sintomatológica: elevados níveis de agitação motora, impulsividade e desatenção persistentes por um período mínimo consecutivo de seis meses, que tende a persistir durante toda a vida, com prejuízo substancial de áreas importantes do funcionamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS e a Associação Americana de Psiquiatria - APA cerca de 4% dos adultos e de 5% a 8 % de crianças e adolescentes de todo o mundo sofrem de TDAH. Estudos de neuroimagiologia, genéticos e etiológicos não estabeleceram ainda uma gênese clara e determinante, não existindo consenso em um “defeito” psicológico nuclear, locus anatômico, padrão neuropsicológico, ou base neuroquímica ou genética, reconhecendo-se assim o TDAH como uma perturbação clinicamente heterogênea. Inexiste um marcador biológico para TDAH; apenas é possível fazer diagnóstico clínico/ comportamental, sob análise do cotidiano. Atualmente, começam a surgir maiores cuidados dos profissionais com os fatores de risco na história da criança. Fortes evidências de equívocos nos diagnósticos, dado ao alarmante índice do uso do psicotrópico Ritalina por jovens com TDAH no Brasil, segundo maior país consumidor do mundo, depois dos EUA, que estimularam a montagem de uma entrevista semiestruturada para 3 das 5 psicólogas atuantes na cidade de Luziânia/GO. Conclui-se que se deve tentar determinar as razões psicossociais originárias do problema de comportamento e que “receitar uma pílula para o TDAH é muito mais rápido”, mas talvez não seja efetivo para o desenvolvimento do sujeito.


Palavras-chave: Transtorno/Dificuldades de Aprendizagem. Déficit de Atenção. Ritalina. Medicalização das Dificuldades. Hiperatividade.

 

Abstract

The Attention Deficit Disorder by hyperactivity disorder - ADHA is manifested by the presence of the symptomatology triad: high levels of motor excitement, impulsivity and inattention sustained for a period of at least six months in a row, which tends to persist throughout life, with substantial injury to important areas of functioning.  According to World Health Organization WHO and the American Psychiatric Association - APA approximately 4% of adults and 5% to 8% of children and adolescents from all over the world suffer from ADHD. Neuroimagiology, genetic and etiologic studies have not established yet a clear and decisive genesis, and there is no consensus on a nuclear psychological "flaw", anatomical locus  neuropsychological pattern, or  neurochemical  or genetic basis, recognizing  ADHD as a clinically heterogeneous disorder . There is not a biological marker for ADHD; it is only possible to make clinical/behavioral diagnosis under everyday life analysis. Currently, greater care from professionals have emerged with the risk factors in the child’s history. Strong evidences of diagnosis mistakes, given the alarming rate of use of psychotropic drug Ritalin by young people with ADHD in Brazil, the second hightest consumer country in the world, after the United States, which stimulated the fitting of a semi-structured interview for 3 of the 5 psychologists working in the town of Luziânia/GO. It is concluded that reasons for psychosocial originating the behavior problem should be determined and that "prescribing a pill for ADHD is much faster, but it may not be effective for the development of the subject   

 

Keywords: Disorder/Learning Difficulties Attention Deficit. Ritalin. Difficulties Medicalization. Hyperactivity.

 

 

Biografia do Autor

Cleonice Terezinha Fernandes, Universidade de Cuiabá, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino. MT, Brasil.

Bióloga, Dra. em Ciências da Motricidade pela UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto D´Ouro/Portugal. Desenvolve pesquisas em motricidade, inclusão. Professora das faculdades de Educação Física, Biologia e Pedagogia com disciplinas afins a estas duas áreas. Atualmente integra o programa do mestrado em Ensino da UNIC/PPGEn, em associação ampla com IFMT,  atuando em pesquisas com interfaces em motricidade e neurociências.

Jeisa Fernandes Marcondes, UNOPAR, Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia. PR, Brasil.

Psicóloga, servidora pública federal do IFG - Instituto Federal de Goiás, atua no Campus Luziânia/GO como psicóloga institucional. Psicopedagoga, atuou na área de avaliação de dificuldades e transtornos de Aprendizagem de 2012 até 2015 no mesmo município, no núcleo de avaliações da secretaria municipal de Educação de Luziânia/GO.

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Publicado

2017-05-25

Como Citar

FERNANDES, Cleonice Terezinha; MARCONDES, Jeisa Fernandes. TDAH: Transtorno, Causa, Efeito e Circunstância. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, [S. l.], v. 18, n. 1, p. 48–52, 2017. DOI: 10.17921/2447-8733.2017v18n1p48-52. Disponível em: https://revistaensinoeeducacao.pgsscogna.com.br/ensino/article/view/4561. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos