A Prática da Peregrinação no Imaginário Sertanejo

Autores

  • Ana Marcia Alves Siqueira

DOI:

https://doi.org/10.17921/2447-8733.2007v8n1p%25p

Resumo

O Nordeste brasileiro, por ter sido a primeira região colonizada a prosperar, teria recebido da metrópole modelos sócio-econômico-culturais ainda muito próximos dos medievais. Dessa forma, alguns escritores nordestinos funcionam como porta-vozes de uma tradição ibérica relida pelo sertanejo. Este artigo discute aspectos da peregrinação, presentes no imaginário sertanejo, que se ligam à religiosidade medieval e estão delineados em O Cabeleira, de Franklin Távora, romance inaugural da "literatura do norte". Para o imaginário sertanejo, o sertão é um lugar de contradições e mistérios, delineado sob diferentes formas na tradição literária brasileira: o sertão paraíso, o sertão inferno e o sertão purgatório. Este último funcionaria como o deserto, um lugar de provações e sofrimentos, que permite a salvação por meio do padecimento, como se correspondesse ao tempo dos monges eremitas, que peregrinavam em busca da purificação e do contato com Deus.

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Publicado

2015-07-03

Como Citar

SIQUEIRA, A. M. A. A Prática da Peregrinação no Imaginário Sertanejo. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, [S. l.], v. 8, n. 1, 2015. DOI: 10.17921/2447-8733.2007v8n1p%p. Disponível em: https://revistaensinoeeducacao.pgsscogna.com.br/ensino/article/view/1038. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos